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Protector solar: o que deve ter em conta?

O protector solar é um dos produtos-estrela durante os meses quentes do ano, ainda que deva ser utilizado durante todo ano.

O sol é essencial para a nossa saúde. Afinal de contas, a vitamina D que emana é importante para o bom funcionamento do organismo, ajudando a prevenir algumas doenças e a aumentar os níveis de cálcio. Porém, quando em excesso, pode ser mais prejudicial do que benéfico.

É, por isso, fundamental ter alguns cuidados com ele. Entre estes encontra-se a protecção, que pode ser feita através de roupas, mas também da dermocosmética. E é aqui que se destaca o protector solar. Em spray, creme ou loção, é indispensável para defender a pele das radiações ultravioletas, as responsáveis pela maioria dos casos de cancro da pele, queimaduras e rugas.

UVA, UVB E SPF/FPS?

São siglas que nos são familiares, sobretudo porque fazem parte do rótulo de qualquer protector solar.

UVA

São raios ultravioletas do tipo A. São eles os responsáveis pelo envelhecimento prematuro da pele, podendo danificar-lhe o ADN. Este tipo de raios está relacionado com os danos a longo prazo na pele, como rugas e manchas de idade.

UVB

São raios ultravioleta do tipo B que têm um pouco mais de energia do que os do tipo A. Podem danificar o ADN da pele diretamente, sendo os responsáveis pelas queimaduras. Uma exposição excessiva a estes raios e aos UVA pode causar cancro da pele.

SPF

Em português, a sigla é FPS — fator de proteção solar (em inglês, sun protection factor). Este fator de proteção reflete a capacidade do produto para filtrar a radiação UVB. Assim, quanto mais elevado o seu índice, maior o nível de proteção.

São vários os números de FPS existentes no mercado. Contudo, a maioria dos especialistas recomenda o uso de um protetor solar com fator mínimo de 30, apontado o 50+ como o ideal, independentemente da tonalidade da pele.

Outro ponto a ter em conta na escolha do protetor solar tem que ver com o tipo de filtros que contém:

  • os químicos (como os cinamatos, salicilatos e benzofenonas) absorvem as radiações ultravioletas e convertem-nas em calor
  • os minerais ou físicos (como o dióxido de titânio e óxido de zinco) protegem a pele dos raios UV, refletindo a luz solar.

Os filtros minerais são os mais indicados em casos de doenças dermatológicas, alergias ou sensibilidade ao sol, por isso são os mais indicados para crianças menores de 3 anos. Quando for comprar o protetor solar, leia atentamente o rótulo e certifique-se que compra um que seja dermatologicamente testado.

Em termos de textura a eficácia é a mesma, uma vez que os protectores solares incluem moléculas que são o filtro solar em si. Porém,  as texturas fáceis de espalhar permitem uma aplicação mais uniforme, logo mais efectiva.

De uma forma geral o creme é melhor para peles muito secas, como o rosto. A loção para áreas grandes, o gel para áreas com pelo e o spray para crianças. Não esquecer os lábios, ou contorno dos olhos para os quais pode usar os sticks.

A aplicação é tão importante como a selecção do protector adequado:

  • Aplique uma quantidade generosa na pele seca, 15 minutos antes da exposição solar.
  • Não se esqueças de todas as zonas do corpo que estão expostas ao sol, incluindo o pescoço, os pés, as orelhas ou, em alguns casos, cabeça.
  • Os lábios também devem estar protegidos. Use um stick labial com FPS de, pelo menos, 30.
  • Mesmo que esteja à sombra, aplique o protector solar; os raios UV conseguem passar por entre as nuvens.
  • Sempre que for à água, volte a passar o protector solar pelo corpo. Não existe protector solar que resista a mais de 10 minutos de imersão.