Já deve ter ouvido expressões como “tens o intestino ligado ao cérebro”, certo? Normalmente são utilizadas num contexto em que alguém tem ideias desadequadas, mas a realidade é que nenhuma outra expressão podia ser mais verdadeira.
O eixo intestino-cérebro representa uma linha de comunicação estreita entre estes dois órgãos, tanto que atualmente o nosso intestino já é considerado o “segundo cérebro”, uma vez que este possui um sistema nervoso – sistema nervoso entérico – com neurónios e neurotransmissores.
Por isso não é de estranhar que a sua saúde mental afete o seu intestino, e vice-versa, ou pensou que a nomenclatura “nervoso/a” após o nome de algumas doenças gastrointestinais é só por acaso? Nesta linha de comunicação, sabe-se que situações como stress e ansiedade podem facilitar distúrbios intestinais e que o intestino é capaz de nos provocar alterações de humor, já que produz serotonina e dopamina, substâncias químicas responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar.
E o que tem a microbiota a ver com tudo isto? A microbiota é um conjunto de microrganismos que vivem no nosso corpo, totalizando triliões de seres, maioritariamente localizados no intestino. Para além de serem responsáveis por parte da digestão e saúde intestinal, estas também integram o nosso sistema imunológico, representando uma importante linha de defesa. Daí ser tão importante que cuide destes seres microscópicos e que os alimente convenientemente.
Para que seja mais fácil entender, explicamos-lhe que na nossa microbiota existem bactérias mais benéficas e outras nem tanto, mas todas devem estar presentes, apenas em proporções adequadas. E como conseguimos esse rácio? Através de uma alimentação adequada, rica em micronutrientes e fibras, já que são os nutrientes que ingerimos que alimentam também as nossas bactérias.
Por outro lado, o consumo de probióticos (as bactérias benéficas) também poderá favorecer a nossa saúde. Consegue encontrá-los em alimentos como iogurte, kefir, kombucha, chucrute, kimchi e alimentos fermentados à base de soja. Por sua vez, também é possível ingeri-los através de formulações farmacêuticas, tendo estes o benefício de poder escolher exatamente que bactérias vai ingerir.
Deve ainda fazer um consumo adequado de prebióticos, presentes naturalmente em alimentos e em suplementos, uma vez que são o substrato das bactérias. Pode encontrá-los em alimentos como trigo, cevada, centeio, aveia, cebola, banana, espargos, mel, alho e raiz de chicória.
Fonte: www.dietaeasyslim.com