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FRIEIRAS O QUE SÃO, COMO EVITAR E TRATAR?

O nome Frieira, em Portugal, é um termo usado para caracterizar sintomas dermatológicos que surgem devido a exposições climáticas extremas como é o caso do frio ou do calor extremo.

Frieiras o que são e porque aparecem?

É um sintoma usualmente provocado pela exposição a baixas e altas temperaturas que atinge as zonas mais expostas do corpo como, mãos, pés, joelhos, nariz, orelhas e cotovelos.

Podem surgir tanto no Inverno como no Verão, pois consiste numa ação física do calor ou frio sobre os vasos sanguíneos superficiais, apesar de estar associada maioritariamente ao frio. As Frieiras surgem devido à contração dos pequenos vasos que existem à superfície da pele, impedindo a circulação do sangue até às extremidades e desta forma, estas zonas tornam-se “mais frias”, ficando por vezes dormentes. Quando estas zonas são expostas ao calor, principalmente, de forma extrema, dá-se uma vasodilatação muito rápida, o que provoca o aparecimento de edema ou inchaço local, originado uma inflamação e levando ao aparecimento das Frieiras típicas.

Quais os sintomas e grupos de risco?

Manifestam-se essencialmente por uma inflamação localizada, prurido (por vezes intenso), rubor e pele fria e/ou dormente. Em casos mais graves podem levar à formação de bolhas e pequenas fissuras.

As pessoas que sofrem mais desta patologia são as que desenvolvem uma reação anormal tanto ao frio como ao calor, por terem dificuldade em manter a temperatura corporal nas zonas expostas, apresentando uma circulação sanguínea atípica. Afeta particularmente os seguintes grupos de pessoas: mulheres jovens (por questões hormonais), idosos, fumadores (tabaco é muito nocivo para a circulação sanguínea – vasoconstrição periférica) e pessoas em que as profissões obriguem a ter as mãos durante muito tempo em água ou mexer em gelo ou produtos congelados.

As Frieiras aparecem mais predominantemente em locais onde o clima é frio, seco e ventoso.

Como se deve tratar?

Neste caso o melhor tratamento é a prevenção!

A pele que está exposta deve ser diariamente bem hidratada para reforçar a sua função barreira protetora contra as agressões externas, usar roupa adequada e calçado próprio à estação e à temperatura ambiente, evitar a ingestão de açúcares que potenciam a inflamação, beber muita água e praticar exercício físico moderado para melhorar a circulação sanguínea.

É importante evitar o contacto com diferenças bruscas de temperatura, ou seja, no caso de arrefecimento das extremidades corporais, estas não devem ser sujeitas a um aquecimento brusco, pois só assim evita-se uma vasodilatação extrema e consequentemente o aparecimento de Frieiras graves.

Para além dos cuidados gerais, mencionados anteriormente, o tratamento pode incluir cremes à base de produtos naturais com ações anti-inflamatórios, estimulantes da circulação sanguínea, regeneradoras, calmantes e cicatrizantes, como por exemplo, Ginkgo Biloba (estimula a microcirculação), Aloé Vera (hidratante, anti-inflamatório, regenerador e cicatrizante) e Calêndula (anti-edematosas, anti-inflamatório, cicatrizante, calmante e refrescante).

Em casos graves, o tratamento pode incluir a toma de fármacos com ação vasodilatadora, no entanto, este tipo de tratamento aplica-se face a um diagnóstico e indicação médica.

Mitos?

É errado aplicar cremes com base de cortisona, dado estes provocarem vasoconstrições que vão agravar ainda mais o problema circulatório que é causa desta doença.

As Frieiras são uma patologia que afeta muito jovens mulheres e idosos mais sensíveis ao frio e que não se trata de uma doença grave se a exposição às temperaturas extremas forem evitadas, caso contrário, pode levar à formação de bolhas e feridas abertas, debilitando o sistema imunitário para bactérias, fungos e vírus, podendo desencadear infeções graves.