Uma das maiores preocupações corporais que mais impacto têm na autoestima, são as tão conhecidas: estrias.
O que são estrias?
As estrias são marcas ou cicatrizes que surgem após o rompimento das fibras elásticas que sustentam o tecido subcutâneo, devido ao estreitamento localizado e à flacidez cutânea.
Qual o seu aspeto?
As estrias, como dito em cima, possuem uma aparência semelhante a uma cicatriz e aparecem gradualmente em formas de listas atróficas lineares, normalmente com 1-2 cm de comprimento e alguns milímetros de largura. São perpendiculares à direção da distensão e frequentemente paralelas umas às outras. A sua superfície é suave ou ligeiramente irregular e a epiderme encontra-se reduzida e atrofiada não havendo elasticidade associada. Podem ser roxas-rosadas no início da sua formação (melhor altura para atuar e regredir a estria com um creme corretivo), passando depois para uma aparência pérola – quando já têm mais tempo.
Quais as fases de formação de uma estria?
A formação de estrias apresenta-se, essencialmente, em duas fases de desenvolvimento:
– A fase inflamatória é caracterizada por uma estria de cor arroxeada ou rosada e textura suave, sendo que nesta fase ainda há vascularização associada. A presença de vascularização é um fator determinante para a possibilidade de correção da estria, uma vez que, não há o seu desaparecimento espontâneo.
– Na fase cicatricial, a estria apresenta uma tonalidade branco-pérola, como as cicatrizes, a epiderme afina-se e, na palpação, existe um vale entre duas zonas de pele resistentes. A estria perde a sua elasticidade, é suave e deprimida. A este nível, na zona da estria não existe pelo, nem secreção sebácea ou sudorípara.
Porque aparecem as estrias?
As estrias aparecem normalmente no seguimento de perturbações hormonais e /ou oscilações de peso associadas a distensões físicas da pele (muito comum após a gravidez, por exemplo, sobretudo quando não é feita uma prevenção adequada durante a gestação ou ainda quando o treino de força é excessivo).
Onde entra a prevenção?
Com o recurso a cuidados dermocosméticos específicos é possível prevenir a formação das estrias. O objetivo é proporcionar à pele uma capacidade elástica suficiente para permitir uma distensão controlada, causada pelo aumento do volume dos tecidos subjacentes. É por isso importante o uso de ativos capazes de estimular a produção de fibras de colagénio e elastina, mantendo a estrutura da pele e dando-lhe, também, emoliência e nutrição.
No caso específico da gravidez, a prevenção funciona em 90% dos casos, pois garante que a pele está nas suas melhores condições para resistir aos fatores hormonais e à distensão cutânea. Para uma prevenção mais eficaz, recomendamos a aplicação de um creme preventivo de estrias, diariamente.
A massagem é importantíssima para aumentar a microcirculação local e a consequente absorção dos ativos.
As estrias têm cura?
Digamos que uma cura total, dificilmente têm, até porque vai sempre depender de vários fatores como a idade, tamanho e a própria coloração e orientação da estria.
No entanto, corrigir e diminuir a sua aparência é muito possível graças a produtos com ativos reparadores que promovem a reparação dos tecidos, para que haja a substituição das estruturas e fibras alteradas, mas também de ativos que estimulam a produção de fibras de colagénio e elastina e que melhorem a oxigenação e a hidratação, como os retinoides tópicos; ácido glicólico e outros AHA e ainda a centella asiatica.
A melhor altura para atuar é mesmo a fase inflamatória (como vimos atrás, uma coloração rosada é sinal de vascularização), logo a probabilidade de sucesso do tratamento é maior.
Posto isto, é importante reforçar que uma estria em fase cicatricial, já com muito tempo de existência, nunca será eliminada com um tratamento dermocosmético, por isso, a prevenção, é mesmo a melhor aposta.