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Contraceção de emergência: quando os outros métodos falham

O que é?
A contraceção de emergência (CE) é um método para prevenir a gravidez, que pode ser utilizado até 120 horas (5 dias) após relações sexuais consideradas desprotegidas, ou seja: 

  • Quando não foi utilizado qualquer método contracetivo;
  • Houve esquecimento na toma da pílula, que ultrapassou o atraso máximo permitido (12 horas);
  • preservativo foi usado incorretamente, foi mal colocado ou rompeu-se;
  • O dispositivo intrauterino (DIU) deslocou-se;
  • O anel vaginal foi expulso antes do tempo e permaneceu fora do corpo por mais de 3 horas.
  • Em situações de violação. 


Como atua?
•    Bloqueia ou atrasa a ovulação (a saída do óvulo do ovário);
•    Impede a fertilização (o encontro do espermatozoide com o óvulo); e
•    Impede a nidação (implantação do ovo na parede do útero).

Que tipos de contraceção de emergência existem?

   Hormonal (também conhecida como “pílula do dia seguinte”), pode ser:

  • Pílula com Acetato de Ulipristal: de venda livre em farmácia, toma única, a ser utilizada até 120 horas (5 dias) após a relação sexual de risco;
  • Pílula com Levonorgestrel: de venda livre, toma única, até 72 horas (3 dias) após a relação sexual de risco.

   DIU – Dispositivo Intrauterino com Cobre
   A sua colocação tem de ser feita por um profissional de saúde com essas competências, o mais cedo possível e até 120 horas (5 dias) após a relação sexual de risco.

Quais os efeitos secundários?
Poderão não existir efeitos secundários, mas os mais comuns são:

  • Náuseas;
  • Vómitos;
  • Hemorragias irregulares; e
  • Tensão mamária, dores de cabeça, sensação de cansaço.

O que é importante saber:

Existem alguns pontos relativamente à CE que é importante reter:

  • Para um uso eficaz, deve ser tomada o mais cedo possível após a relação sexual desprotegida;
  • Se vomitar até três horas após a toma, esta deve ser repetida;
  • Não deve repetir a toma no mesmo ciclo menstrual nem utilizar este medicamento como método contracetivo regular;
  • É sempre importante fazer um teste de gravidez (3 semanas depois da relação sexual desprotegida);
  • A menstruação/hemorragia, após a toma da CE, pode antecipar-se ou atrasar-se;
  • É menos eficaz que os métodos contracetivos, pelo que não deve ser um método de uso regular;
  • Não é um método abortivo;
  • Não afeta a fertilidade;
  • Não é isenta de contraindicações, por isso informe-se sempre junto do farmacêutico.

Quando se deve iniciar um método de contraceção após a toma de CE?

  • Caso pretenda começar um método hormonal (pílulaaneladesivo), pode fazê-lo no dia a seguir à toma da CE, devendo recorrer simultaneamente um método adicional (abstinência jejum ou preservativo) durante 7 dias;
  • Se estiver a utilizar um método hormonal (pílulaaneladesivo) e ocorrer uma falha no uso, pode retomar a sua utilização no dia seguinte à toma da CE, devendo utilizar um método adicional (abstinência sexual ou preservativo) durante 7 dias; e
  • Não é necessário esperar pela menstruação/hemorragia.

Se teve relações sexuais desprotegidas e acha que corre o risco de engravidar, dirija-se a uma farmácia: o farmacêutico pode esclarecer as suas dúvidas sobre contraceção oral de emergência, respetiva eficácia e modo de utilização, aconselhá-la sobre os métodos contracetivos existentes.