Os medicamentos são, hoje em dia, essências no tratamento das mais variadas doenças, no entanto, o seu consumo pode tornar-se perigoso, seja devido à sua nocividade intrínseca, ou a uma má utilização. Não existem medicamentos completamente inofensivos e só devem ser tomados quando realmente necessitamos deles, isto é, quando um profissional de saúde os indica depois de uma avaliação cuidadosa.
A automedicação é infelizmente uma prática em constante crescimento, o ato de consumir medicamentos sem prescrição e supervisão de profissionais de saúde, aliado à falta de conhecimento, resulta em problemas de saúde pública. A toma de um medicamento, mesmo que seja de venda livre, não deve ser banalizada!
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a ingestão de medicamentos de forma não vigiada, pode provocar:
- Diagnóstico incorreto da patologia assim como atraso e possível agravamento no tratamento da mesma.
- Escolha de tratamento desadequado.
- Administração da dose incorreta (quer seja pela subdosagem quer pela sobredosagem).
- Duração inadequada do tratamento.
- Possibilidade de reações alérgicas e do aparecimento de efeitos secundários.
- Possíveis interações medicamentosas.
- Armazenamento de medicamentos em condições propícias à sua deterioração.
- Resistência, como por exemplo no caso dos antibióticos
A automedicação acarreta riscos, os quais são diminuídos se seguir as indicações do folheto informativo e, preferencialmente, se optar pelo aconselhamento farmacêutico/médico. O farmacêutico é o especialista do medicamento e está preparado para alertar sobre as interações, contraindicações e precauções da terapêutica.
No decorrer da automedicação, o utente deve consultar o farmacêutico/médico se:
- os sintomas continuarem ou se agravarem;
- existir dor aguda;
- surgirem reações adversas aos medicamentos;
- suspeitar que se trata de uma situação mais grave;
- tiver outras doenças;
- estiver a tomar outros medicamentos.
Os grupos mais vulneráveis, como grávidas, idosos e crianças são totalmente desaconselhados na prática da automedicação.
Só uma pessoa informada e consciente será capaz de assumir, em segurança, a sua saúde. Não hesite, ajuda-se a si próprio: procure o aconselhamento farmacêutico/médico e assegure uma medicação responsável e eficaz.