Um ataque de pânico é um episódio súbito de medo intenso que espoleta reacções físicas extremas, quer haja ou não uma razão aparente. Normalmente, um ataque de pânico dura entre 5 a 20 minutos. Esse medo é de tal forma intenso que algumas pessoas pensam estar a ter um ataque cardíaco.
Quais as causas e factores de risco?
Os sintomas físicos de um ataque de pânico levam a que o organismo entre num modo de “fuga ou luta”. A respiração fica mais acelerada e as glândulas suprarrenais libertam adrenalina no sangue, o que leva a um aumento dos batimentos cardíacos e a uma maior tensão muscular.
As causas não são exactas, mas há uma tendência para que os ataques de pânico sejam hereditários.
Por outro lado, existem algumas condições que podem favorecer um ataque de pânico. Entre elas destacam-se:
- stress laboral
- fobias, como agorafobia, claustrofobia ou acrofobia
- recordação de um evento traumático
- doenças crónicas relacionadas com o coração, síndrome do cólon irritável, asma ou diabetes
- problemas da tiróide.
Quais os sintomas?
Podem ocorrer sem aviso prévio e em qualquer situação – a dormir, a andar, conduzir, no trabalho –, mas tendem a ter o seu “pico” aos 10 minutos. Após este período, sente-se uma sensação de fadiga extrema.
Normalmente, podemos dizer que estamos perante um ataque de pânico quando estão presentes pelo menos quatro destes sintomas:
- palpitações e batimento cardíaco acelerado
- transpiração
- tremores
- falta de fôlego
- sensação de asfixia
- dor ou desconforto no peito
- náuseas ou sensação de desconforto abdominal
- tonturas ou desmaio
- arrepios
- sensação de dormência ou formigueiro
- sensação de nos estarmos a ver de cima
- medo de perder o controlo
- medo de morrer.
Como lidar com um ataque de pânico?
- 1.
Controlar a respiração
É fundamental que se obrigue a respirar fundo e lentamente. Inspirar durante 3 segundos e expirar durante 3 segundos ajuda a diminuir a sensação de pânico.
- 2. Use técnicas de relaxamento muscular
Recupere o controlo do corpo. Comece por contrair os punhos durante 10 segundos, ao fim desse tempo relaxe os punhos por outros 10 segundos. Repita esta técnica em todos os grupos musculares. - 3. Permanecer no mesmo local até que a crise passe
Dada a falta de controlo físico e emocional, tente acalmar-se até que o episódio passe (porque vai passar) para evitar acidentes, sobretudo se estiver a conduzir. - 4. Lembre-se que o medo não é real
Tente enfrentar o medo, o objecto ou a situação que desencadeou o ataque de pânico. Se não for a primeira vez, sabe que é passageiro e que vai voltar a ter o controlo da situação. - 5. Tente focar-se num objecto
Concentre o olhar num determinado objecto e tente captar as suas características (cor, padrão ou tamanho). Ao focar-se nesse objecto estará a desviar a atenção da situação causadora do ataque. - 6. Pense numa situação positiva
Os pensamentos positivos e felizes ajudam a contrariar o medo e a criar uma sensação de calma e tranquilidade que ajudam. - 7. Defina um plano
Não importa qual o plano. Importante é ter uma solução pensada, uma estratégia. Nem que seja sentar-se ou ligar a alguém que o ajude a acalmar. Ter um plano causa uma sensação de segurança, fundamental para acalmar os sintomas do ataque de pânico. É uma âncora à realidade.